PASTORAL: a questão da pobreza e da consciência de justiça do Reino de Deus
“Porque os pobres, sempre os tendes convosco...” (João 12,8 – Almeida Revista e Corrigida)
Os pobres sempre
existiram e sempre existirão.
A pobreza não é culpa
de Deus.
A razão da pobreza e da
miséria é a maldade do coração do homem. É impossível acabar com a pobreza
porque é impossível acabar com a malignidade do nosso coração (Gênesis 6, 5).
A nossa consciência de
justiça ainda é muito mesquinha (Isaías 64, 6).
Ainda não compreendemos
que o pão é nosso (Mateus 6,11).
Se tiver pão sobrando
na mesa da gente é porque está faltando na mesa de outrem.
A lógica do Reino é a
lógica da partilha e os evangelhos ensinam isso (Mateus 14, 13-21; Marcos 6,
30-44; Lucas 9, 10-17; João 6, 1-14).
O evangelho de Lucas dá
atenção especial às pessoas pobres e marginalizadas.
A missão da Igreja não
é erradicar a pobreza.
A missão da Igreja é
trazer a consciência de justiça do Reino de Deus (Mateus 25, 31-46).
A missão da Igreja está
em ser “boca de Deus”, assim como os profetas foram. Amós traz a ideia de
justiça social como parte da adoração a Deus (Amós 4).
É impossível ser igreja
e não se preocupar com a questão da pobreza.
O livro de Atos traz a
ideia de igreja enquanto comunidade (Atos 2, 41-47; 4-5, 1-16).
Comunidade é um lugar
onde tudo é comum a todos.
A vida cristã, assim
como a fé cristã, é uma vida comunitária.
Deus é uma comunidade.
A Trindade é composta de três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
A igreja também é uma
comunidade, por isso, precisamos viver em concordância, concerto e harmonia com
os demais filhos de Deus. O Eterno estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo (II Coríntios 5, 19). A boa
notícia é que fomos reconciliados com o Pai Nosso!
A partir dessa nova consciência
de justiça, podemos partilhar o pão com aqueles que precisam, afinal, o pão não
é somente meu, nem seu; o pão é nosso.
Luís Braga
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