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Mostrando postagens de outubro, 2019

A EQUAÇÃO DO AMOR

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No agreste paraibano, numa cidade chamada Araúna, Valberto Faustino da Silva, 22 anos, declarou seu amor à sua companheira, Joelma Santos Silva, 43 anos, que precisou tirar um dos seios após ser diagnosticada com câncer de mama. Gostaria de propor-lhes uma reflexão sobre o amor em torno desse caso concreto. Feita a proposta, é preciso destacar que amor pressupõe relacionamento. No capítulo 4 da sua primeira carta, João nos traz a novidade de que Deus é amor . Deus é ágape (no grego). E ágape é o amor relacional. Podemos pensar no amor como uma equação. O amor é o resultado da soma de afeição, atitude de entrega, cuidado e de correção (amor = afeição + atitude de entrega + cuidado + correção). Valberto e Joelma permanecem juntos porque existe afeição entre eles e este afeto é recíproco. Não quero fazer da minha experiência pessoal uma regra, mas, a partir do meu tentame pude perceber que a afeição não resiste à falta de reciprocidade. Se não existe afeição recípro

Estrada

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Estrada que durante o dia é iluminada pelo sol e que a noite é resplandecida pelos faróis dos veículos automotores que passam por ela. Quantos desconhecidos que se cruzam nos cruzamentos da estrada e quantos se conhecem entre as colisões dos parachoques. Animais que atravessam para o outro lado em busca de alimento acabam atropelados, muitas vezes, perdendo a vida. Famílias que viajam de férias; caminhoneiros solitários que voltam para casa. Passagem, ultrapassagem e aquaplanagem marcam o vai e vem dos desenfreados, que para chegarem logo no destino, não pisam no freio. Pneus furados, motores fundidos, crianças chorando e casais brigando fazem parte do enredo de qualquer estrada. Estrada que corta pedágios. Estrada que é caminho de muitos autos. Estrada que margeia postos de gasolina, empresas, fazendas e pequenos sítios. Estrada que permite sentir a brisa, o vento e a tempestade. Estrada que certas pessoas se acidentam e outras morrem. Estrada que parece um tapete; estrada esburacada

À DERIVA

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 De quando em quando parece que estamos num barquinho em alto-mar, de repente a onda vem e nos lança para fora. As águas estão agitadas e os nossos braços não têm tanta força para nadar. Não sabemos para onde ir, sequer temos a direção de um lugar seguro. O desespero toma conta do nosso ser. As braçadas perdem o ritmo agitado tornando-se cada vez mais espaçadas. Bate o cansaço, o fôlego falta... Afundamos. Água salgada entra pelo nariz, ocupa os pulmões e arrebenta as células do sangue. Sorvemos muita água, o pulmão se transforma em charco, asfixiamo-nos, a consciência dá lugar à inconsciência, enfim morremos. Sim, às vezes, sentimo-nos que estamos à deriva. Se este sentimento toma conta da nossa mente, logo precisamos nos atentar para o que está acontecendo. Estar à deriva é perder a rota. Somos o capitão do navio, isto é, da nossa vida. Por que desviamos da rota? Ou será que as ondas que nos atingiram foram tão fortes ao ponto de fazer com que o barco da existência saísse do cami