SÉRIE: NOSSA GENTE: VALORIZAÇÃO DA VIDA SIMPLES - O PARADOXO DO NOSSO TEMPO! - Reflexão feita pelo professor Alberto Carlos Paschoaletto

Nascemos originais. Somos, quando crianças, autênticas e verdadeiras e sem as máscaras sociais falamos até demais. Quando jovens, nossos relacionamentos se desenvolvem de maneira criativa e espontânea, mas, com o passar dos anos a maturidade chega, bate a porta e entra em nossos corações. Os relacionamentos e a convivência social vão se modelando de acordo com as influências e padrões culturais do meio social em que vivemos. Aliás, esse é o chamado Paradoxo do Nosso Tempo: Vivemos, na era da informação, acessíveis pelo celular e online na internet, plugados o tempo todo à sociedade do conhecimento, mas, o tempo que teoricamente ganhamos com a tecnologia e a informação, não estão melhorando nossas vidas. Compensamos nossos sonhos não realizados bebendo, fumando e comendo demais. Gastamos nosso dinheiro sem planejamento e sem critério altruísta, consequentemente multiplicamos nossos bens e, proporcionalmente, reduzimos nossos valores. Fazemos do cotidiano da vida uma correria louca e aprendemos a sobreviver, mas não a viver. Através da malhação e da boa alimentação adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Na sociedade informada o conhecimento, como crença verdadeira justificada, eleva o Homem para um plano maior, um plano onde não existem paradigmas, bem como idéias certas ou erradas. A essência do conhecimento é a Sabedoria. Possuir o conhecimento é sentir-se liberto para pensar e re-pensar práticas e crenças, enfim, um estado da alma que eleva o pensamento do Homem que pensa, para um nível superior, onde, sábio não precisa ostentar seu conhecimento e, nem provar nada a ninguém. Enfim, reconhecer-se como pequeno, perante o grande arquiteto do Universo e da própria história do Homem. Somos uma parte do todo. E, na qualidade de parte, por maior que seja o nosso conhecimento, pertencemos ao todo. Lembre-se de passar o tempo “ganho” com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se de dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer “eu te amo” à sua companheira (o) e seja acessível às pessoas que ama, seja caridoso e tolerante com as pessoas desconhecidas.
Tudo o que fazemos, atualmente, é compulsivo. Até nas coisas boas exageramos. Veja, por exemplo, a onda e a febre do corpo sarado, através de horas de malhação em academias. Que vazio é esse que estamos procurando dar contorno para criar uma imagem do que somos?
Não precisamos provar nada à ninguém, só de uma consciência livre de paradigmas. Afinal, só se ama o próximo partindo do amor próprio. Portanto, amar o próximo como a si mesmo implica em auto-estima e auto-realização. Assim, o Homem acaba sendo aquilo que ele próprio concebe. “O ser humano se torna eu pela relação com você. A medida que me torno eu, digo você. Todo viver real é um encontro”. (Martin Buber)

Concluindo: Como disse o poeta luso existencialista Fernando Pessoa: “Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando  julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se  afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca! Se achá-lo, segure-o!"Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada". 

 CARPE DIEM!
Alberto Carlos Paschoaletto

(Imagem da internet)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O MUNDO JÁ TEM MUITOS SUPER-HERÓIS!

Testemunho e incentivo

FELICIDADE