SÉRIE: NOSSA GENTE: Para onde vou? (crônica de Fátima Fílon)

Ainda é noite escura, madrugada, chove muito e estou a escrever, ouço o vento, fecho os olhos e deixo minha mente vaguear. E nesse devaneio vou caminhando por um túnel imenso e convido você leitor para vir comigo. Ao meu lado direito, fazendo uma gigantesca sombra está a saudade, do meu lado esquerdo a razão caminha paralelamente calada, silenciosamente em respeito às minhas dores e alegrias vividas. Atrás de mim, bem próxima, chego a sentir a respiração da paz, aí está o amor que me impulsiona a seguir. Todavia, a sombra gigantesca tenta-me segurar e me pergunta para onde vou depois de perder tantas batalhas, inclusive as cruciais para a minha existência. Lamento e reflito.E a razão, que até então estava calada, manifestou-se a meu favor; o amor fiel e gentil fortaleceu-me e apontou o caminho certo, espantou a sombra e logo ali, bem à minha frente pude perceber que a esperança estava me esperando.Assim, diante de tantos mistérios da vida e da mente, concluo que consegui, num ato heroico separar a razão, a emoção, a dor, a saudade, em vários corpos e graças ao amor cheguei ao final desse túnel bem a tempo para não adoecer de saudades dos meus queridos que estão me esperando lá, logo ali... No final desse famigerado túnel chamado vida e minha única certeza nesse momento é: Para onde vou!




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